domingo, junho 20, 2004

Som na caixa ...

    Hellow pessoal, estou de volta ...
    Como foi a semana de vocês ? A minha passou tão rápido, que nem vi !
    Fazia um tempinho que não rolava um post musical por aqui, agora me empolguei e fiquei aqui dando tratos a bola, pra chegar a mais um ...
    No post anteior falei de Lyly, que é realmente, um ícone, um verdadeiro achado da MPBB ( Música Popular Beeeemmmm Brasileira). Agora buscando lá do fundo do meu baú, e com a pergunta que não quer calar : "Por onde andará ?!?!"
    Hoje, estou resgatando deste baú com cheiro de naftalina, um brega que outrora fez alegria do povo .
    Ele, o homem que cantou :

"Sonho de Ícaro"

Biafra

    Nascido no dia 15 de outubro de 1957, em Niterói, por ser muito magro e esquelético quando pequeno, Maurício Pinheiro Reis recebeu aos 12 anos dos colegas, o apelido que adotaria como nome artístico: Biafra.
     Ainda menino, foi presenteado por sua avó com uma flauta doce e uma inscrição num curso de música para aprender o instrumento.Fez parte do Coral do Centro Educacional de Niterói, comandado pelo Maestro Hermano Soares de Sá, com o qual realizou várias apresentações, com destaque para uma participação no Festival de Aberdeen, na Escócia. Na metade dos anos 1970, formou, com outros integrantes do Coral, a banda O Circo. O grupo fez inúmeras apresentações em Niterói e no interior do Estado do Rio, tendo Byafra como o principal vocalista.
    Em 1979, acompanhado por seus colegas de O Circo, gravou o LP "Primeira Nuvem", com destaque para sua canção "Helena" (c/ Luiz Eduardo Farah), incluída na trilha sonora da novela "Marron Glacê" (Rede Globo), homenagem a sua paixão na época, a clarinetista Maria Helena Verani.Em 1980, lançou o LP "Biafra", contendo, entre outras, a faixa "Uma vez e nunca mais".Em 1981, gravou o LP "Despertar" que, impulsionado pelo sucesso de sua composição "Leão ferido" (c/ Dalto, o "Muito estranho .... hehehe), superou a vendagem de 100 mil cópias, o que valeu ao cantor seu primeiro Disco de Ouro. Em 1982, lançou o LP "Menino", com destaque para a canção "Jogo Aberto". Em 1984 foi contemplado com mais um Disco de Ouro pelo LP "Existe uma idéia", que incluiu as faixas "Aguardente" e "Realeza", além do sucesso "Sonho de Ícaro" (Pisca e Cláudio Rabello).
    Ainda na década de 1980, lançou os seguintes LPs: "O sonho deve ser" (1985), contendo "Seu nome" e "Outra forma de paixão"; "Toque" (1986), contendo "Guerra fria"; "Biafra" (1987), contendo "Estrelas no ar", "Não mais" e "Até o fim"; e "Biafra" (1989), contendo "Na hora H" e "Bye bye".
    Na década de 1990, gravou os seguintes LPs: "Minha vida de artista" (1991), incluindo "Machuca e faz feliz"; "Infinito amor" (1994), incluindo "Perdões" e "Menina bonita"; e Ícaro (1998), incluindo "Rua Ramalhete" (Tavito e Ney Azambuja) e "Moldura". Esse último contou com a participação da cantora Rosana e do conjunto Roupa Nova.
    Em 2002, lançou o CD "Segundas intenções", com destaque para sua composição "Jardim" (c/ Nilo Pinta) e "Flash Back". O disco, que contou com as participações de Flavio Venturini (na faixa-título) e Délcio Luiz (na faixa "As coisas que eu penso do amor", parceria do cantor com Aloysio Reis e Délcio Luiz), foi produzido por Aloysio Reis e teve arranjos assinados por Lincoln Olivetti, Torcuato Mariano, Nilo Pinta e Nando Chaves.
Ao longo de sua carreira, participou das trilhas sonoras das seguintes novelas da Rede Globo: "Marron Glacê" (com "Helena"), "Jogo da vida" (com "Vinho Antigo"), "A gata comeu" (com "Seu nome"), "Voltei pra você" (com "Aguardente"), "Salomé" (com "Te amo"), "Mulheres de areia" (com "Fantasia Real"), "Quem é você" (com "Antes que eu te esqueça") e "Barriga de aluguel" (com "Machuca e faz feliz" ( mas hein ?!?!?!)).
    Como compositor, registrou sua obra na voz de vários artistas, como Roberto Carlos, Ney Matogrosso, Simone, Chitãozinho e Chororó, Christian e Ralph, Rosana, Xuxa, Angélica e Danilo Caymmi, entre outros.

Por onde andará ?!

    Deu no Jornal ...
    Biafra ressurge e estréia como escritor , longe dos palcos e da TV, o cantor famoso por hits românticos nos anos 80 procura editora para lançar O Vôo de Ícaro.     Anda sumido dos palcos, da TV e dos estúdios desde 1998, mas seu estoque de baladas românticas está longe de terminar. Biafra acaba de lançar o CD Segundas Intenções, sem muitas novidades. "O importante é manter o estilo, ter uma identidade de cantor e não mudar apenas para se encaixar nas tendências do mercado". Ícaro volta com ele, agora promovido a personagem de livro. "Era apenas um título de canção, mas acabou virando meu porta-voz", diz o cantor que está à procura de uma editora para publicar O Vôo de Ícaro, sua estréia como escritor. "Ícaro pode falar tudo aquilo que eu penso, sem qualquer censura".
    Entre o ficcional e o biográfico. Este é Ícaro, espécie de amigo imaginário que Biafra inventou para lembrar seus tempos de menino. Aquele dos cabelos levemente compridos, sem papas na língua, que em 1979 chegou aos palcos cariocas querendo falar de problemas sociais e descobriu que clichês românticos tinham mais espaço nas rádios comerciais. "Quantos meninos no fundo. Tanto sonho não vingou. Quem se lembrará?", cantava Biafra em Nos caminhos do Porto Argentino, de 1984, auge da Guerra das Malvinas. "Foi a música que mais gostei de gravar, feita para denunciar o massacre dos jovens argentinos. Mas ninguém me deu ouvidos", lamenta.
    O público preferiu ouvir seus agudos em Jogo Aberto, que Biafra cantou por dezenas de sábados consecutivos no programa do Chacrinha. "Passei dez anos participando toda semana do programa do Chacrinha. Ele confiava no meu trabalho", lembra. Foi graças aos esforços do velho guerreiro que o tímido garoto de Niterói se acostumou à vida de celebridade. "Ele me jogava em cima das mulheres. No começo, ficava roxo de vergonha".
    Constrangimento de garoto bem comportado, que começou a carreira cantando no coral da escola e tocando flauta doce, numa época em que ainda lhe chamavam por Maurício Pinheiro Reis, seu nome de batismo. "Sentia que a música erudita era para um público muito restrito, uma pequena elite. Então parti para a MPB, que me colocava mais perto do coração das pessoas", diz.
Romantico assumidíssimo, desses, que aos 44 anos, pai de duas meninas, de mães diferentes, ainda têm pique para romances adolescentes. "Estou namorando, outra vez apaixonado", declara. Influência de um certo Ícaro, aquele que tinha mania de ser "sentimental em qualquer tom", como dizia a canção.

Momento, você sabia ?!?!

     Bom meus amigos, muito se falou sobre Ícaro neste post, mas você sabia, que:
    Da necessidade de tentar explicar a condição humana e os fenômenos da natureza, surge a mitologia grega, com seus deuses e seus feitos heróicos. Neste cenário acontece a história de Dedalus, um dos homens mais criativos e habilidosos de Atenas, conhecido por suas invenções e pela perfeição de seus trabalhos manuais, simbolizando a engenhosidade na busca de soluções criativas e funcionais . Um de seus maiores feitos foi o Labirinto de Knossos, construído a pedido do rei Minos, de Creta, para aprisionar o Minotauro, besta que se alimentava de carne humana.
    Por ter ajudado a filha de Minos a fugir com um amante, Dedalus provocou a ira do rei que, como punição, ordenou que Dedalus e seu filho Ícaro fossem jogados no Labirinto. Ironicamente, viu-se na armadilha intransponível que ele mesmo criara. Sabendo que era impossível sair do Labirinto e, vendo-se diante de uma situação crítica, Dedalus sabia que teria que superar a si próprio, planejando e executando uma fuga espetacular.
Biafra

    Demonstrando mais uma vez todo seu talento, teve, então, a idéia de construir asas para que ele e seu filho pudessem fugir. Juntando penas de aves de vários tamanhos, amarrou-as com fios de linho e colocou uma camada de cera sob elas, para que não se descolassem. Amarrou as asas em Ícaro e se preparam para a grande fuga, provando que o Labirinto, ao invés de ser seu fim, foi apenas uma oportunidade para que provasse sua ilimitada capacidade criativa.
    Antes de partir, porém, advertiu seu filho de que deveriam voar a uma altura média, nem tão próximo do sol, para que o calor não derretesse a cera que colava as penas, nem tão baixo, que pudessem cair no mar. Dedalus, então, levantou vôo e foi seguido por seu filho. Durante o vôo, Ícaro deslumbrou-se com a bela imagem do sol e, sentindo-se atraído, voou em sua direção, esquecendo-se das orientações de seu pai. A cera de suas asas começou rapidamente a derreter e logo Ícaro caiu no mar. Quando Dedalus percebeu que seu filho não o acompanhava mais, olhou para baixo e viu as penas das asas de Ícaro flutuando no mar. Apesar do sofrimento, Dedalus estava determinado a continuar fugindo de Minos e assim o fez, chegando mais tarde à Sicília.
    É isso, meu povo, vou ficando por aqui, espero que tenham gostado.
Um beijão pra vocês e até a próxima !

Update:
Galera, um dos meus blogs favoritos está de visual novo, lindo !
Alias, nada brega ! Minha amiga Carla, abalou Bangu ! Eu, se fosse você, iria lá correndo conferir ... Com vocês o novo visual de:

Walking Contradiction